Freguesia riquissima culturalmente, todos os anos são criadas varias actividades que enriquecem esta terra. A gastronomia é rica e variada, onde o património humano se afirma como do mais rico que aqui pode encontrar, pois em cada lugar encontrará pessoas humildes e hospitaleiras.
Por estas e outras razões, visite a nossa terra, somos um povo que sabe acolher bem quem nos visita.
Seja Bem-vindo!
Praia Fluvial de Olhos da Fervença
Fonte de abastecimento de água do Concelho de Cantanhede e lugares de outros concelhos limítrofes, as nascentes dos Olhos da Fervença, na Freguesia de Cadima, têm atraído uma significativa afluência anual de visitantes, não só pelas suas características naturais invulgares mas, também devido a estarem integradas numa zona de lazer que oferece ao visitante ótimas condições.
Neste local de finas das areias da Gândara brotam inúmeras as nascentes de água, através de uma exsurgência das camadas calcárias, que desde tempos imemoriais serviram de local de abastecimento de água potável mas também de origem de fabulosas lendas a elas associadas. Nos registos escritos romanos já os Olhos da Fervença eram referidos como um manancial inesgotável de água.
Apesar de ser muito antiga a ideia de tirar partido do seu potencial turístico, através do correto aproveitamento do seu espaço envolvente, esse processo só começou a ser concretizado desde há cerca de vinte anos com a criação da Praia Fluvial dos olhos da Fervença.
Nesse âmbito, foi construída uma piscina natural, à volta da qual surgiram diversas infraestruturas de apoio, designadamente uma área de recreio e lazer, circuitos pedonais, bar com esplanada, balneários, parque de merendas e campo de jogos.
A piscina natural resultou do rebaixamento artificial de parte do leito da linha de água que tem início nas nascentes, protegidas pela cota superior, e que garante um regime hídrico e qualidade sanitária que respeita as recomendações legais exigidas a estes tipos de equipamento.
Além do plano de água, que tem uma plataforma de saltos na sua zona mais profunda, a praia fluvial inclui ainda uma zona de prado relvado para banhos de sol e descanso, um pequeno areal e um terraço, com cadeiras, chapéus de sol, serviço de bar e vigilância.
Nas instalações de apoio foi utilizada madeira com cobertura em telha, o que favorece a sua integração no bosque e minimiza o impacto ambiental. A este nível, o bar e a esplanada fronteira estão implantadas estrategicamente numa zona com acesso facilitado, a partir de todas as zonas do complexo, e com uma vista privilegiada sobre a praia fluvial e áreas de lazer.
Na parte Norte, foi construído um campo de jogos destinado à prática desportiva. A área multiusos, pavimentada com lajetas, pode ser utilizada para realização de feiras, exposições, mostras de artesanato. Na zona verde, para além do parque infantil existente, estão reunidas condições para a prática de desportos radicais.
O espaço apresenta também condições favoráveis à realização de outras atividades de carácter festivo e recreativo, como por exemplo o festival anual de folclore, que tradicionalmente decorre na zona adjacente às nascentes, ou a Feira do Tremoço, produto endógeno e intimamente ligado, na sua preparação, à pureza das águas que aqui brotam.
Estima-se que este espaço seja frequentado por cerca de 100 a 120 000 pessoas por ano, concorrendo para esse número de visitantes, o espaço em si, as diversas realizações culturais e desportivas aqui realizadas, a existência de um bar e, obviamente, os incontáveis frequentadores da praia fluvial.
Moinhos de Água
A utilização de moinhos está associada às práticas agrícolas, o que remonta a tempos imemoriais. Desde logo, as pessoas sentiram a necessidade de transformar os cereais que cultivavam ou recolhiam e com o passar do tempo esta transformação levou à descoberta do produto mais consumido, sendo mesmo a base da alimentação humana - o Pão.
A trituração dos cereais, de modo a ser mais fácil de ingerir, certamente que seria feita através de duas pedras, uma fixa e outra manuseada à mão por qualquer pessoa. Este tipo de utensílios, os trituradores, eram uma forma eficaz embora manuais e rudimentares, onde estão inseridas as mós planas e os rebolos, assim como os seus derivados, almofarizes e pilões.
Os vestígios mais antigos destes utensílios remontam às jazidas natufenses da Palestina, embora se tenham encontrado registos em outros países, como na Pérsia, Egipto, Grécia e um pouco por toda a Europa... Em Portugal foram encontradas algumas jazidas arqueológicas que datam do Neolítico!
A utilização dos moinhos de água em Portugal teve grande impacto, sobretudo na região Norte, com grande destaque para os moinhos de rodízio, trazidos para o nosso país pelos Romanos, presumivelmente... Contudo, estes moinhos de rodízio assentam, como o próprio nome indica, num rodízio, que é nada mais que uma roda horizontal, composta por palas radiais, que recebem o impulso da água, permitindo o funcionamento do moinho.
Em 1968 existiam aproximadamente 10.000 moinhos ativos, dos quais 7.000 seriam de água, registando-se nestes cerca de 5.000 moinhos de rodízio.
Cadima não foi exceção! A quantidade e qualidade da água favoreceram a vinda de pessoas para esta região, fixando-se nestas terras e construindo também os seus moinhos, alguns destes ainda em atividade permanente. Existem inúmeros moinhos de rodízio na freguesia de Cadima e em alguns ainda podemos observar os grãos de cereal transformarem-se em farinha, ao som das mós picadas, batendo uma na outra, triturando suavemente tudo o que apanha...
Fornos de Cal
Desde a Idade Média, que a utilização da cal é feita como método salutífero, protegendo as estruturas, devido às suas propriedades desinfetantes.
O processo de elaboração da cal é feito através da liquidificação de pedras mármores a altas temperaturas. Com o passar dos anos, a cal foi caindo em desuso por conveniência da tinta plástica, considerada mais resistente e duradoura.
Os fornos de cal na freguesia de Cadima, nomeadamente numa terra com o mesmo nome - Fornos - tiveram grande representatividade, devido à abundância de pedras mármores. Era aqui que se transformava a pedra mármore e se abastecia a cal para todo o concelho e arredores.
Atualmente ainda existem 2 fornos de cal em atividade.
Carvalhal da Mata do Zambujal
O lugar do Carvalhal, no Zambujal, é um sítio tranquilo e com uma paisagem natural que convida ao lazer. Aí, podemos observar os carvalhos mais antigos da freguesia, alguns centenários... Podemos relaxar e ouvir a Natureza em redor!
LOCAIS A VISITAR
• Igreja Paroquial de Cadima
• Capela de Santo Amaro
• Capela do Senhor das Necessidades
• Praia Fluvial de Olhos da Fervença
• Moinhos de Água
• Fornos de Cal
• Carvalhal da Mata do Zambujal
• Cruzeiro de Cadima
• Largo/Jardim Joaquim de Almeida
• Sítios de Interesse Arqueológico
• Fonte do Casal
• Fonte do Rodêlo
• Marco das Mamoas
EVENTOS ANUAIS
FESTAS RELIGIOSAS
• Santo Amaro – dia 15 de janeiro - Quintã
• São Bento – terça-feira de Páscoa – Fornos
• Santa Rita – dia 22 de maio – Rodelo
• Santo António – dia 13 de junho – Cadima
• São Pedro – dia 29 de junho – Aljuriça
• São Tomé – dia 25 de julho – Zambujal
• Srª dos Emigrantes – primeiro domingo de agosto – Olhos da Fervença
• Nª Srª das Necessidades – dia 14 de agosto – Guímera
• São José – segundo fim de semana de agosto – Taboeira
• Santa Iria – dia 20 de outubro – Casal
• Nª Senhora do Ó – dia 18 de dezembro – Pontes
OUTROS EVENTOS
• Feira do Tremoço – último fim de semana de maio – Olhos da Fervença
• Recriação da Feira dos Treze – setembro – Olheiro - Olho
• Festa das Vindimas – setembro – Fonte da Sardoeira – Coutada
• Festival do Grupo Típico de Cadima – segundo domingo de agosto- Praia Fluvial dos Olhos da Fervença
• Festival do Grupo Folclórico "Os Malmequeres do Zambujal" - segundo fim de semana de agosto
• Festival do Grupo Etnográfico Danças e Cantares do Zambujal - primeiro fim de semana de julho
GASTRONOMIA
Chanfana e sarrabulho, como em praticamente toda a região centro. As especialidades mais afamadas desta freguesia são o leitão assado à Bairrada, a sardinha na telha, o bacalhau e o polvo à lagareiro com batata a murro, favas à gandaresa, a broa de milho e as tortas com sardinha, chouriço e carne, qua são uma espécie de bolas com recheio.
ACEPIPE TRADICIONAL
tremoço
PRATOS TÍPICOS
São iguarias da região, Sopa Gandaresa (idêntica à Sopa de Pedra, embora com mais hortaliça), Sarrabulho, Estufado de Fressura e Sardinhas Assadas na Telha com Batatas a Murro.
VINHOS DA REGIÃO
São néctares da região, os Vinhos Maduros da Região Demarcada da Bairrada.
DOCES REGIONAIS
Fazem parte da confeitaria da região, Bolo da Páscoa, sem dúvida o mais tradicional, Broa de Natal, Arroz doce, Folar de Ovos, Filhós de Natal, e Pão de Ló. Estes doces caseiros, de grande qualidade, perderam grande parte das suas características, quando começaram a ser produzidos industrialmente.
ARTESANATO
CESTARIA EM VIME, CANTARIA E TANOARIA
A cestaria foi, outrora, de grande utilidade, podendo mesmo ser considerada imprescindível para a agricultura, sobretudo nos trabalhos de vindimas e colheitas de milho. Teve também grande utilidade nas pedreiras das Nogueiras, onde os jovens, a partir da idade escolar, carregavam, de grandes profundidades, a pedra ao ombro, para cozer a famosa cal parda das Nogueiras.